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Zero a 300

O Rivian R2 | Toyota fecha Indaiatuba | Dimensões do novo Charger e mais!

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Conheça o novo Rivian R2

A Rivian americana apareceu como a “Tesla das picapes”, com uma picape elétrica sensacional com cara de picape mesmo (O Rivian R1), antes de todas as outras. Mas como toda empresa que começa do zero, enfrentou problemas: quando conseguiu realmente produzir e vender, todo mundo já tinha lançado picapes elétricas, da convencional F150 Lightning até a viagem lisérgica chamada de Cybertruck.

Agora, depois de um SUV baseado na picape (o Rivian R1S), a marca americana expande sua linha novamente, com o R2. É significativamente menor que os R1, e será o novo ponto de entrada da marca, seu carro mais barato. Quando estiver à venda em 2026, custará a partir de US$ 45.000 (R$ 221.850) nos EUA. Não exatamente barato, mas relativamente sim: um R1 começa ao redor dos US$ 70.000.

O novo Rivian tem distância entre eixos de 2936 mm, menor que os 3,080 mm do R1S. É na verdade um SUV médio, menos focado no off-road, e desta vez, sem a necessidade de compartilhar mecânica com um veículo de carga.

É também um carro cheio de detalhes interessantes de design. O vidro da tampa traseira desce eletricamente, as janelas do porta-malas basculam para fora eletricamente como em um cupê BMW E46 (ou manualmente num Chevette). São oferecidas também uma série de equipamentos de camping interessantes, como barraca de teto e cozinha ou porta-malas extra externo.

Estará disponível com um, dois ou três motores elétricos. A configuração de motor único acionará as rodas traseiras, enquanto a tração integral estará disponível nas outras duas. Todo R2 tem autonomia de 480 km, e o mais potente pode ir de 0-96 km/h em menos de 3 segundos.

Já vem com o novo “padrão de carregamento norte-americano” – os carregadores da Tesla – e se qualificará para o crédito fiscal federal de veículos elétricos, um desconto de US$ 7.500 (R$ 36.975). A fábrica que o produzirá nem está pronta, e 2026, se você é analfabeto matemático, ainda está dois anos no futuro. Mas como é praxe com essas empresas, pode-se reservar seu R2 hoje mesmo. Por uma taxa, claro. (MAO)

 

Lotus Emira finalmente certificado para os EUA

Parece incrível, mas é verdade: quase três anos após sua estreia em julho de 2021, a Lotus pode finalmente vender o Emira nos EUA. O Emira acaba de obter a certificação do California Air Resources Board (CARB), e está, oficialmente agora, certificado para venda.

Nem todo estado americano pede a certificação do CARB; mas a Lotus não queria iniciar as vendas nos 36 estados não-CARB de antemão. Não se sabe exatamente o que gerou o atraso, se “comida de bola”, atraso, ou falha em teste oficial; o fato é que a Lotus apresentou uma nova calibração do trem de força Emira V6 para aprovação CARB em janeiro e foi aprovada em 29 de fevereiro.

O Emira aprovado é a versão V6, que usa o Toyota de 3,5 litros dos Camry, mas aqui supercharged para dar 400 cv e 42,8 mkgf. Sim, um motor usado por ela nos Evoras desde 2010 nos EUA, mas não mais é possível re-certificar um mesmo motor em um novo carro; deve ser testado, e certificado, novamente. E claro que esse custo vem parar contigo, o comprador: governo cobra dos fabricantes, que repassam no preço de venda para o consumidor.

Já existe outro Emira, o com o motor 2.0 turbo de quatro cilindros da Mercedes-AMG. Tem 360 cv e transeixo de dupla embreagem e oito marchas. Eventualmente, o Toyota V-6 encerrará a produção e o Emira será puramente um modelo de quatro cilindros. Quanto tempo será necessário para validar este motor para os EUA? Não faça pergunta difícil, né? (MAO)

 

As dimensões do novo Charger assustam

Há sempre duas maneiras de se interpretar qualquer notícia. Uma de forma otimista, e outra de forma pessimista. E em nenhum outro lugar isso é tão evidente quanto no lançamento do novo Dodge Charger.

Recapitulando rapidamente: o novo Charger foi lançado como um carro 100% elétrico, mas a Dodge prometeu que em 2025, poderá ser também à combustão interna. Não V8 aspirado, porém: com o novo seis em linha biturbo de 3 litros e até 557 cv. A tração será sempre 4×4 permanente, elétrico ou não, e poderá ser um sedã de 4 portas ou cupê de duas, substituindo também o Challenger.

Ainda ontem a opinião que prevalecia era de que “tem potencial para ser o carro mais odiado dos dias de hoje. Por um lado, os fãs tradicionais da marca e de muscle-car, que o odeiam por motivos óbvios. De outro, os fãs de elétricos, que não devem estar muito felizes com essa cara de muscle-car, e o papo todo de não ligar para eficiência e autonomia.”

Mas hoje, vem a notícia que os concessionários Dodge americanos, eles que tem um dedo no vento mais apurado do mercado desses carros, tem opinião exatamente contrária. Eles acreditam que o carro pode convencer os fãs de muscle cars a comprarem elétricos, e os compradores de carro elétrico a considerarem um muscle car.

“Estamos todos em transição – todos sabemos disso. Acho que a beleza disso é a maneira como a Stellantis fez isso”, disse Kevin Farrish, presidente do Conselho Nacional de Revendedores da Stellantis, à Autonews. “Você tem uma escolha.”

Que lado dessa história está certo, veremos em breve. Mas uma coisa fica cada vez mais clara também: o futuro eletrificado com opções à combustão será de carros grandes neste caso. O site Carscoops, por exemplo, foi rápido em notar que o novo Dodge Charger Daytona é mais comprido que um BMW X7 e mais pesado que um Cadillac Escalade ESV. Barrabás!

O Charger elétrico pesa nada menos que 2648 kg, ou 24 kg a mais que um Cadillac Escalade ESV com entre eixos longo e motor V8 de 6,2 litros. E mede 5.247,9 mm de comprimento (e nada menos que 2.028 mm de largura, sem contar os espelhos), ou 76,2 mm (três polegadas) mais comprido que um BMW X7.

De novo, não importa como se enxergue este lançamento, é uma real novidade. O novo Charger é um carro sensacional em toda forma possível, elétrico ou seis em linha; é só a lembrança de seus antecessores V8 que os diminui.

É também uma tentativa séria da Stellantis de navegar esses tempos difíceis, onde, verdade seja dita, ninguém sabe o que acontecerá amanhã, quiçá um ou dois anos no futuro. Vamos assistir o desenrolar dos fatos com atenção. (MAO)

 

Toyota fechará fábrica em Indaiatuba

O mercado brasileiro está estagnado hoje, e com mais capacidade instalada que produção. Por isso parece estranho todo este novo investimento por aqui, por mais que sejamos gratos por eles. Um cara cínico poderia dizer que o investimento é somente para atender novas legislações governamentais, e renovar modelos à venda, mas que não mudará nada para o público em geral. Mas me recuso a ser este cara; gosto de acreditar que fará crescer nossa indústria pelo menos. Cada um encara os fatos como preferir.

A notícia de hoje é uma que confunde um pouco nesse sentido. Durante o anúncio do novo ciclo de investimento no Brasil (R$ 11 bilhões até 2030), a Toyota revelou que vai transferir a produção do Corolla de Indaiatuba (SP) para Sorocaba (SP), efetivamente fechando a fábrica de Indaiatuba. O processo de transferência terá início em 2025, e será finalizado no fim de 2026.

Um sujeito não pode deixar de pensar que fechar uma fábrica normalmente visa diminuir capacidade. Mas a Toyota se apressa a dizer que não é o caso: “É importante ressaltar que esse movimento visa a manutenção de 100% dos empregos e a criação de 500 novos postos de trabalho na planta de Sorocaba, com o objetivo de apoiar o crescimento da capacidade produtiva. As contratações terão início em meados de 2026 e, até 2030, deverão alcançar 2 mil novos empregos diretos.”

Também vamos lembrar que não fazia muito sentido a Toyota manter 3 plantas no Brasil, São Bernardo do Campo, Sorocaba e Indaiatuba; a ação, depois do fechamento de São Bernardo do Campo, faz sentido como consolidação das operações em um só lugar. E com o novo investimento, Sorocaba acabará por dobrar a capacidade de produção, dos atuais 200 mil veículos para 400 mil unidades. Por outro lado, no ano passado saíram das linhas da fabricante cerca de 172 mil unidades dos modelos Corolla, Corolla Cross e Yaris, fabricados em Indaiatuba e Sorocaba.

As negociações estão em curso para manter os empregos dos funcionários de Indaiatuba, que fica a apenas 65 km de Sorocaba, o que torna isso perfeitamente possível. A fábrica de Indaiatuba produz o Corolla há 26 anos; não completará 30 anos de idade. Curiosamente, fica na “Estrada General Motors”, que leva até ao campo de provas do concorrente americano. (MAO)