Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazer a assinatura de um dos planos abaixo. Além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!
O Jaguar 00. E chega de Jaguar?
Ok, a Jaguar conseguiu o que queria: chamar atenção. Tudo, da propaganda estapafúrdia sem carros, ao conceito “00” mostrado na noite de 2 para 3 de dezembro existem só por um motivo: chamar a atenção para uma empresa moribunda, que não terá nenhum carro à venda até 2026. No melhor estilo Paulo Maluf, falem mal, mas falem de mim.
E deu certo: todo mundo lembrou da marca, gente que não fala de carro começou a falar de carro, e o nome Jaguar voltou à boca do povo. Até voltou-se a procurar Jaguar usado: de acordo com a Auto Trader UK, as “visualizações de anúncios” para usados da marca aumentaram 5% desde que a campanha de reformulação foi lançada, enquanto as visualizações de pesquisa aumentaram 10%. A empresa continuou dizendo que “Jaguars usados apareceram nas pesquisas dos consumidores 29 milhões de vezes, gerando impressionantes 1,3 milhão de visualizações de anúncios desde o anúncio.” Parabéns aos envolvidos.
Sobre o carro-conceito “00” mostrado ontem então: a Jaguar o vê como um “empreendimento artístico” que combina cores vivas com formas geométricas inspiradas no passado, ao mesmo tempo em que aponta para um futuro minimalista. A Jaguar chama essa linguagem de design de “Modernismo Exuberante”. Não há instrumentos ou controles visíveis; em vez disso, duas telas grandes giram para cima do painel, uma de cada lado da coluna. Os bancos e a coluna central são suportados por mármore travertino. Sim, a pedra.
Infelizmente, a Jaguar não tem nada a compartilhar sobre o que é o carro mecanicamente. Ele usa a nova arquitetura JEA da empresa, projetada do zero, é elétrico, deve ter mais de 600 cv, e mais de 700 km de autonomia. A Jaguar disse que ele recupera mais de 350 km de autonomia em 15 minutos quando conectado a um carregador de alta velocidade.
E é isso. Esse tipo de campanha não deve parar: a empresa só terá carros de novo em 2026. Se você sentiu-se mal ao perceber que inadvertidamente foi enganado a espalhar o nome Jaguar por aí, não está sozinho. Então a partir de agora prometemos uma coisa importante: não participar de campanha “fale mal mas fale de mim”. Quando notícias sérias aparecerem sobre a marca, falaremos sobre elas, claro; mas chega dessa pataquada de campanhas propositalmente “controversas”. Chega de Jaguar. Aconselho todos a agir igual: quando houver carros de verdade, falamos sobre eles. Se não, passar bem. (MAO)
Começa venda dos Glickenhaus 004S e 004CS
O americano Jim Glickenhaus é um entusiasta que, com dinheiro suficiente para indulgir em qualquer coisa que quisesse, não apenas criou uma garagem cheia de carros interessantes e caros. Não, foi mais além: se tornou um fabricante de automóveis. Basicamente carros de competição, mas também o incrível Baja Boot: um carro de corrida no deserto inspirado nos Boot dos anos 1970, vendido para as ruas, e o seu SCG 008, uma mistura de supercarro e desert-racer.
Mas a novidade de hoje é que a Glickenhaus finalmente começou a produzir versões de rua do seu tão esperado modelo da Série 004. O supercarro baseado no carro de corrida de sua scuderia estará disponível nas variantes 004S e 004CS, com entregas previstas para começar no primeiro trimestre do ano que vem.
Os dois modelos usam o mesmo motor GM V-8 de 6,2 litros com supercharger e 650 cv, acoplado a uma transmissão manual de seis velocidades. O carro apresenta uma configuração de três assentos, com o motorista no centro, a lá McLaren F1.
Basicamente um carro de corrida convertido para as ruas, o 004S tem ainda assim alguns confortos como ar-condicionado, bancos de ajuste elétrico em seis direções e conectividade Apple CarPlay e Android Auto.
Surpreendentemente, Glickenhaus afirma que “[o] 004S é notavelmente o primeiro supercarro moderno a passar nos testes de impacto de segurança em colisões da NHTSA sem nenhum airbag”, o que provavelmente envolveu cinto de cinco pontos com limitador de carga muito bem-feito. Quatro carros foram destruídos no processo de homologação, o que com carros deste valor, é um bocado de grana.
As opções incluem amortecedores Bilstein ajustáveis , um sistema de supressão de incêndio e muito mais. O 004CS é ainda mais radical que o “S”. Tem aerodinâmica mais agressiva, freios maiores e rodas com parafuso-trava central e pneus Michelin Pilot Sport Cup 2. Um sistema de elevação da suspensão dianteira é equipamento básico no 004CS, e opcional no “S”; os itens de luxo do “S” são opcionais no CS.
A Glickenhaus também oferecerá possibilidade de os clientes personalizarem seus 004. As opções incluem cabines exclusivas, acabamentos e pintura exclusivos e outros toques personalizados. O carro já pode ser encomendado; o preço começa em meio milhão de dólares, nos EUA. (MAO)
Kith e BMW se unem para fazer um BMW especial
Ronnie Fieg é o proprietário da Kith, uma marca de calçados, vestuário e “estilo de vida”(a gente merece) sediada na cidade de Nova York. Fieg já colaborou com a BMW em dois modelos anteriores inspirados em tênis. Agora, eles se uniram novamente para criar um BMW M1 especial.
Fieg e a equipe de arquivo da BMW se propuseram a reimaginar o M1 apenas com materiais corretos para a sua época, fim dos anos 1970, início dos anos 1980. O carro é pintado numa cor chamada Techno Violet, e sim, é um tom de roxo.
O couro preto Merino BMW Individual reveste a cabine, enquanto um toque de individualismo foi adicionado à mistura por meio de um padrão de monograma da Kith. Este couro padronizado é destaque nos painéis centrais e encostos de cabeça de ambos os assentos, na alavanca de câmbio, acabamento de porta e tapetes.
Além desses toques personalizados, o M1 foi deixado em grande parte como veio da fábrica. Continua o motor de competição M88 de seis cilindros em linha e 3,5 litros original. Isso significa que tem só 277 cv; algo que hoje parece ruim até para um Golf. Mas certamente não é: apesar da história conturbada de seu desenvolvimento, o M1 combina um chassi do mestre Dallara com a suavidade e berro da última evolução do seis em linha que fez a fama da BMW. É um carro fabuloso, mesmo sem esta intervenção lifestyle.
O carro é único e não está à venda; uma peça promocional colaborativa. Uma iniciativa que nos parece abaixo de um carro desses; mas pelo menos, ficou bonito em roxo. Tem como um M1 não ficar? O carro estará exposto no BMW Showcase em Miami em 6 de dezembro; com ele estará a coleção pessoal de BMWs de Fieg: dois E24 M6s, um E30 M3, um E30 M3 Evo, um E30 M3 Conversível, um 850 CSi e um M760Li. (MAO)
Chevrolet Equinox 2025 lançado no Brasil
O Equinox 2025 foi lançado no Brasil. É a segunda geração do carro a vir para o país, mas a quarta geração nos EUA. A mecânica é compartilhada entre as duas versões: Activ e RS.
O motor é o 1.5 turbo a gasolina, de quatro cilindros, com injeção direta, 177 cv a 5.600 rpm e 28 mkgf a 2.000 rpm. A transmissão é automática de 8 velocidades; o carro é em plataforma de motor transversal-dianteiro e tração idem, mas vem com tração integral de série tanto na versão Activ quanto na RS, aqui no Brasil.
A dianteira é McPherson, e a traseira, um sofisticado 4-link independente. Direção com assistência elétrica, e freios a disco nas quatro rodas com ABS, EBD e assistência de frenagem de emergência também fazem parte do pacote sofisticado. Mede 4.667 mm num entre-eixos de 2.730 mm; pesa 1678 kg.
O porta-malas oferece capacidade de 469 litros com os bancos na posição normal, podendo alcançar 1.799 litros com os bancos traseiros rebatidos. O tanque de combustível comporta até 59 litros. No Activ, rodas de alumínio de 19″, com pneus P235/55 R19, e no RS, rodas de alumínio de 20″, com pneus P235/50 R20.
A GM mira na categoria povoada pelo Volkswagen Taos, Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Ford Territory, mas aposta que ter tração integral o diferenciará. O carro começa nos R$ 267.000. (MAO)
A Ferrari de Ferrari a venda
Todo Ferrari 330 GT 2+2 é um carro sensacional; um sedã italiano de quatro lugares e duas portas dos anos 1960 com um magnífico V12 aspirado de quatro litros e 300 cv, e o berro que só um Ferrari antigo consegue fazer. Mas o que dizer de um deles que foi o transporte pessoal de ninguém menos que Enzo Ferrari? Sim, é a chance de ter o Ferrari de Ferrari.
O carro, num branco-marfim chamado “Light Ivory”, tem chassi número 4085, e foi construído em agosto de 1962 como o primeiro de quatro protótipos para o 330 GT 2+2. Além do V12 Colombo, vem com câmbio manual de quatro velocidades.
Este 330 GT 2+2 foi retido pela fábrica por dois anos após sua construção, durante os quais Enzo Ferrari o usou como seu carro pessoal. Ele até serviu como um carro estrela para os materiais de imprensa da marca relacionados à nova linha de modelos. Após seu tempo com o chefe, o carro foi importado para os Estados Unidos por Luigi Chinetti. Permaneceu nos Estados Unidos desde então, junho de 1964.
Como um dos dois únicos protótipos iniciais restantes, este 330 GT seria valioso mesmo sem a conexão Enzo. Já houve tempo onde ninguém queria carros 2+2 da marca, e os desmontavam para fazer réplica de 250 SWB ou GTO. Não mais. Todo Ferrari antigo é valioso, mas este em particular, mais: o carro está a venda por nada menos que US$ 865.000. E veja só: está a venda no mesmo lugar onde está aquele Lada baratinho e sem motor que você olha todo dia: (MAO)