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Mais detalhes do Caterham Project V
O Caterham Project V, o carro esporte elétrico da marca mostrado em julho de 2023, pretendia ser lançado em 2026; mas parece que o cronograma atrasou. Tudo porque o carro é bem mais complexo e inovador do que se imaginava.
A empresa já confirmou que usará um motor elétrico da Yamaha, e agora revelou que contratará um fornecedor taiwanês para um inovador pacote de bateria refrigerado por imersão. Este pacote de bateria será fornecido pela Xing Mobility e apresenta células imersas em um líquido dielétrico.
Isso melhora drasticamente a dissipação de calor em comparação com os pacotes de bateria refrigerados a líquido tradicionais. Essas baterias para a Caterham teriam uma densidade de energia de 200 Wh/kg. Comparativamente, a nova bateria de lítio-ferro-fosfato Shenxing Plus EV da CATL tem uma densidade de energia de 205 Wh/kg, enquanto as células 4680 da Tesla têm uma densidade de energia de 296 Wh/kg.
Não há informações sobre o tamanho do pacote de bateria do carro, quanto ele pesará ou que tipo de velocidade de carregamento pode ser esperada. Quando foi anunciado pela primeira vez, a Caterham disse que seu novo veículo elétrico usaria uma bateria de íons de lítio com capacidade de 55 kWh, o suficiente para dar a ele 400 km de autonomia. A bateria Xing fornecerá energia para o motor Ling e-Axle da Yamaha. O conceito original da Caterham tinha um único motor com 268 cv, traseiro.
Vai demorar, porém. O presidente-executivo da empresa, Bob Laishley, admitiu recentemente que “2026 será um desafio”. Ele também revelou que a Caterham ainda não decidiu onde construirá o carro, embora tenha dito que ele não será fabricado em sua fábrica existente em Dartford, no Reino Unido. Para uma empresa como a Caterham, que sempre fabricou o simples Seven, este tipo de coisa é uma empreitada monumental. Veremos o que vai dar. (MAO)
Pressão começa para reverter banimento de combustão em 2035
O maior grupo político do Parlamento Europeu, o Partido Popular Europeu (EPP), está pressionando os altos escalões de Bruxelas a mudarem de ideia sobre o banimento de motores à combustão interna em 2035. A Reuters diz que teve acesso a um documento pedindo a proibição seja revertida.
O EPP quer que o motor de combustão sobreviva em carros que funcionam com combustíveis alternativos além de meados da próxima década. Além disso, o rascunho observa que os fabricantes ainda devem ter permissão para vender híbridos plug-in após 2035. Diante da demanda decrescente, muitos fabricantes de automóveis na Europa adiaram suas metas para introduzir linhas 100% elétricas. Até a Volvo disse que provavelmente ainda venderá carros com motores a gasolina após 2030.
O EPP é influente, considerando que é o maior grupo político no Parlamento Europeu e na recém-nomeada nova Comissão Europeia. Teremos que esperar para ver como isso acontece, mas qualquer decisão tomada na Europa terá ramificações globais. Mas reverter eles deveriam: o futuro da Europa está claro agora, se não for revertida esta canetada. A China vai dominar o mercado elétrico.
E isso ainda é mais grave olhando a situação atual: a indústria europeia está perdendo todo seu mercado chinês, que de uma hora para outra parou de comprar carros a não ser os chineses, como se fosse isso mandato estatal. O futuro, se nada mudar, não parece bom para eles. (MAO)
O BYD Dolphin 2026
A BYD está fazendo uma atualização de meio de vida no Dolphin, quatro anos após sua estreia. A versão remodelada do hatchback elétrico é esperada para o próximo ano, com atualizações de estilo e a adição de uma nova opção de trem de força.
Fotos do BYD Dolphin 2026 apareceram no site do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, meses antes da revelação oficial. O destaque são os faróis redesenhados que se estendem nos para-lamas dianteiros.
Outras mudanças na frente incluem a grade mais fina e as entradas de ar menores no para-choque. O perfil é amplamente mantido, com exceção das novas rodas de 16 e 17 polegadas. A traseira a mesma, mas na verdade ganha um design mais limpo para o para-choque e os gráficos das lanternas traseiras.
O BYD Dolphin 2026 estará disponível em três versões de potência: 95 cv, 177 cv e 204 cv. Não deve mudar aqui no Brasil, onde recebemos o carro de 95 cv; apenas a potência intermediária de 177 cv é novidade. Não há mais informações além disso; para mais vamos ter que esperar o lançamento oficial. (MAO)
São Paulo isenta híbridos de IPVA, mas não os elétricos
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou o Projeto de Lei 1510/2023, que concede isenção de IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) a veículos híbridos e movidos exclusivamente a hidrogênio. A medida foi aprovada por 53 votos a 10 e agora segue para sanção do governador Tarcísio de Freitas. No entanto, a a lei exclui carros e ônibus 100% elétricos dos benefícios!
Independentemente da controvérsia deste fato, a lei é uma que vai beneficiar diretamente a Stellantis, que lançou o Argo e o Fastback com um bem simples sistema híbrido. Esses carros agora tem IPVA zero em São Paulo; algo importante na decisão de compra.
A isenção será válida entre 1º de janeiro de 2025 e 31 de dezembro de 2026, limitada a veículos híbridos com motores flex ou movidos exclusivamente a etanol, com valor máximo de R$ 250 mil. Após esse período, o imposto será gradualmente reintroduzido, começando com uma alíquota de 1% em 2027, chegando a 4% em 2030. Caminhões e ônibus movidos a hidrogênio ou gás natural também terão isenção de IPVA, mas por um período maior, de cinco anos, até 2029.
Os partidários dos veículos elétricos estão em polvorosa, claro, então pode ser que ainda aconteçam mais discussões sobre o assunto. Mas por enquanto, é isso para 2025. Aguardem as cenas dos próximos capítulos. (MAO)
GM desiste de seus taxi-robô
A General Motors tinha grandes esperanças para Cruise, seu braço de tecnologia autônoma. Agora está repensando seus sonhos de robotaxi, anunciando ontem que não financiará mais o desenvolvimento de um robotaxi dedicado sob a divisão Cruise. A Cruise, fundada em 2013 e adquirida pela GM em 2016, enfrentou um momento tumultuado nos últimos anos, enquanto se esforçava para colocar seu robotaxi Origin em produção.
A GM disse que pretende fundir a Cruise e suas equipes técnicas da GM em um único grupo para focar em direção autônoma e assistida. O trabalho desta equipe combinada será no Super Cruise, o sistema de assistência de direção sem as mãos da GM. O Super Cruise, atualmente disponível em mais de 20 veículos vendidos pelas marcas GM, pode dirigir, controlar a velocidade do carro e até mesmo mudar de faixa automaticamente em rodovias divididas, desde que o motorista mantenha os olhos na estrada à frente. Tá bom. Quem não vai dormir se tiver que fazer nada? Qual a vantagem disso? A quem querem enganar?
Mas enfim; o fato é que a ideia do robotaxi, na GM, acabou. Ao cancelar o projeto Cruise, a GM citou “o tempo e os recursos consideráveis que seriam necessários para escalar o negócio”. O fabricante também apontou para “um mercado de robotaxis cada vez mais competitivo”. A Tesla anunciou seu Cybercab há apenas alguns meses. Uma série de colisões de alto perfil envolvendo os carros de teste baseados no Chevrolet Bolt da empresa levaram a Califórnia a revogar as licenças de teste da Cruise no final de 2023 e interromper as operações da Cruise, também deve ter pesado na decisão.
A GM atualmente possui cerca de 90% da Cruise e diz que tem acordos com outros acionistas para aumentar sua participação para mais de 97% antes de tentar adquirir todas as ações restantes. Quando isso acontecer, a GM diz que reestruturará as operações da divisão ao fundir a Cruise com outras equipes de direção autônoma da GM. A empresa espera concluir esse plano no primeiro semestre do ano que vem, e a reorganização visa cortar os gastos em mais de US$ 1 bilhão. (MAO)